Como praticar a exterogestação?

Como Praticar a Exterogestação?

Já faz algum tempo que quero fazer fazer um texto sobre a exterogestação para falar sobre como colocar em prática. E pra falar sobre isso com embasamento da vida na maternidade real resolvi perguntar na minha time line do Facebook (que é recheada de mulheres mães incríveis) pra saber como as mães estão praticando a exterogestação com seus bebês. Vida real, histórias reais.

As respostas foram surpreendentes de tão lindas! Veja clicando aqui.

Bem, vou colocar aqui no texto algumas formas bem simples e fáceis de praticar a exterogestação, que são maravilhosas e que super funcionam. Porque tudo o que queremos nesse início de vida de mãe ebebê é harmonia, carinhoaconchego, vínculo, apoio felicidade.

Primeiro vamos falar um pouquinho sobre o que é exterogestação de forma bem resumida.

Exterogestação é aquele período em que o bebê nasceu e já se encontra fora do útero, é o período que vem depois da gestacao, o momento externo-da-gestação. O bebê acabou de sair do ventre materno depois de meses ali dentro, onde até então era sua tão segura morada. Nos primeiros meses de vida ele está recém se habituando a vida extra uterina e a teoria da exterogestação vem para ajudar o bebê (e a mãe) a fazer uma transição suave e amorosa para sua nova vida aqui fora.

A exterogestação vem para ajudar o bebê nesse momento por isso ela é uma prática que vem para simular o ambiente uterino, assim o bebê (e consequentemente a mãe) fica mais tranquilo. Lembrando sempre que o universo do bebê até então era o útero materno.

Então vamos a prática!!!

1. Colo: o melhor lugar para um bebê. O colo é universal. O colo é sagrado!

2. Sling: é um colo com a ajuda de um tecido que possibilita a mãe ter as mãos livres (o que é maravilhoso já que bebês pequenos precisam de muito colo). No sling o bebê fica super bem posicionado em termos ergonômicos, e o mais importante: fica coladinho com a mamãe recebendo seu calor e sentindo seu cheirinho. Dá pra passear, dormir, mamar, até dançar. O bebê pequeno geralmente fica numa posição de “sapinho” coladinho no ventre da mãe relembrando a fase intrauterina, ouvindo as batidas do coração da mãe (tem coisa melhor que isso?). Se você ainda não experienciou o sling corre lá praticar pois vale MUITO a pena. Existem vários tipos de sling e hoje em dia é muito fácil de encontrar, inclusive existe ajuda e oficinas para ajudar a mãe a acomodar bem o bebê no sling (também tem muito vídeos no you tube explicando). Olha, arrisco a dizer, mas é muito difícil ver um bebê chorando no sling, eles amam!

3. Amamentação em livre demanda: sem horários, sem preocupações, sem culpas, sem medos, sem pressa. Confiança e percepção no ritmo do bebê formando uma dança única que só pertence a dupla mãe-bebê.  Amamentar em livre demanda é liberdade! (por mais incrível que possa parecer).

4. Cama compartilhada: muito comentada hoje em dia mas ainda um tabu para muitas pessoas, a cama compartilhada leva segurança emocional para o bebê e conforto para a mãe. Se você ainda não conhece ou tem dúvidas sobre a cama conpartilhada vale a pena dar uma boa pesquisada no assunto.

5. Banho de balde: no banho de balde o bebê pequeno fica na posição de sapinho no conforto da água quentinha, ele relaxa e relembra a fase em que morava imerso na água dentro do útero materno. No you tube se encontram vários vídeos mostrando como dar banho de balde em bebês pequenos e recém-nascidos.

6. Charutinho: o charutinho nada mais é do que “enrolar” o corpinho do bebê recém-nascido em um cueiro. Muito bom para acalmar e aconchegar o bebê nos primeiros dias de vida, com efeitos terapêuticos para mãe e bebê.

7. Ruído branco: é um ruído que remete ao som do útero por isso o bebê se identifica e entra num estágio de maior relaxamento. Pode ser bom colocar nos momentos em que o bebê vai dormir, por exemplo. Também ajuda a diminuir ruídos externos quando precisamos de silêncio e não temos. É parecido com o som da chuva, o barulho do ventilador, o ruído de uma rádio desintonizada. Tem pra baixar na internet.

8. Pele pele: bem, nem precisa falar mais nada né? Você e seu bebê nus pele a pele sentindo um ao outro da forma mais humana possível. O toque, o cheiro, o gosto da mãe…. humm os bebês adoram!

9. Dormir juntinho do bebê: tirar sonecas com o bebê coladinho e deitado em cima da mãe (barriga com barriga ouvindo o coração da mãe). Simplesmente delicioso!

10. Entrega e disponibilidade! Tive que adicionar essa parte mais emocional, digamos assim. Sem se entregar a esse momento e se dispor a essa doação de amor nem adianta tentar muita coisa pois os bebês sentem, são esponjas. Pra conhecer e entender esse novo ser nada melhor do que se entregar de verdade a esse momento. Se entregar ao bebê, sentir e perceber quem é esse serzinho, adentrar ao seu mundo faz toda a diferença nesse momento de fusão. Acredito que esse é um ponto fundamental para conseguir perceber o que fazer, quando fazer e como fazer para seu bebê se sentir bem.

A vivência da exterogestação é um momento mágico da mãe e do bebê e quando a mulher se permite e pode viver essa entrega tudo fluir muito melhor. A entrega potencializa a mãe a perceber o que realmente faz sentido pra ela e seu bebê.

maternidade exterogestação

Mas quanto tempo dura a exterogestação? Assim como o puerpério a exterogestação não tem um tempo certo, é uma necessidade natural do bebê que recém saiu do útero materno e que com o passar do tempo vai aos poucos e naturalmente percebendo o mundo ao seu redor e ficando cada vez mais “independente”, e pra isso acontecer de forma fluída e prazerosa ter espaços preparados em casa é a cereja do bolo!

Aqui um ponto muito importante: para a entrega e a disponibilidade acontecer a mãe precisa estar muito bem cuidada, tranquila e acolhida. Porque por trás de todo bebê fofinho existe uma mãe.

Mãe nutrida bebê nutrido.

E se você quer contribuir com mais dicas de exterogestação, por favor, deixe aqui nos comentários!

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Roberta

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