Das Pausas que a Maternidade Traz

Quando a maternidade chega na vida de uma mulher geralmente essa mulher tem que fazer algumas pausas. Ou muitas. As vezes as pausas chegam de forma inesperada e já começam na gestação.

Pausa pra uma necessidade de repouso. Pausa para parir. Pausa pra amamentar. Pausa do trabalho. Pausa da antiga rotina. Pausa das saídas a noite. Pausa da academia. Pausa do banho demorado. Pausa do sexo a qualquer hora. Pausa das noites bem dormidas.

Independente do tipo da pausa, elas são várias. Afinal há uma outra vida ali totalmente dependente. E com necessidades bastante urgentes.

Mas e o que são essas pausas? São momentos em que independente do motivo precisamos parar um pouco tudo o que estamos fazendo por um momento tão sagrado que nos pede uma atenção maior que é cuidar de um bebê. E que nos pede para estar no presente.

No início da maternidade parece que ligamos um eterno botão de sobrevivência. Fazer xixi, cocô, tomar banho, comer, escovar os dentes, são como artigos de luxo. O luxo da sobrevivência.

E essa vivência em entrega traz uma sensação de pausa com o mundo externo. Pausa de tudo. Pausa para adentrar ao novo mundo que chegou. Pausa para se reconhecer. Pausa para conhecer o bebê. Pausa para aprender como viver de agora em diante.

É fácil pra mulher fazer essas pausas? Pode ser que sim mas pode ser que não. Pode ser os dois ao mesmo tempo. Pois não estamos acostumadas com pausas. Pausa é parar, é silenciar, é reconectar, é adentrar em um outro nível.

E o que acontece geralmente depois dessas pausas são mulheres transformadas. São mulheres que não se reconhecem mais em seus antigos papéis, seus antigos corpos, antigos padrões. São mulheres fortes, mulheres exuberantes como uma borboleta saindo de um casulo numa explendorosa metamorfose maternante.

Texto: Roberta Arend @roberta_arend para o Coletivo Laços do Puerpério @lacosdopuerperio

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Roberta

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