Esse feriado me rendeu algumas reflexões… sobre vida, criança, família, brinquedos e escolhas.
E uma delas iniciou com essa imagem abaixo… Tá bom, a foto não ficou boa, era noite, estava escuro, mas tive que registrar e postar aqui, pois essa foto e esse momento me renderam uma boa reflexão. Dormi e acordei pensando e refletindo sobre minha vida e minhas escolhas. Ou melhor, nossas vidas e nossas escolhas.
Tirei essa foto no sábado do feriado de Dia da Criança, era quase meia noite e estávamos na sala, filhote dormindo a um tempo, um silêncio… de repente olho pro lado e vejo isso, Gustavo montando uma super garagem pra quando Joaquim acordar pela manhã.
Esse brinquedo é muito legal, daqueles bem simples e que fizeram parte da nossa infância também, e nosso filhote adora de paixão. São pecinhas de madeira onde a criança vai montando cidades, pontes e que o mais quiser conforme sua imaginação e criatividade. É de fácil manuseio e de fácil aquisição pois o investimento financeiro é baixo. E a diversão é garantida. E não é daqueles brinquedos que brinca pela criança, sabe como é?
Choveu muito por aqui no feriado. Foram boa parte do tempo dentro de casa e passamos praticamente brincando com esse brinquedo. Joaquim brincou com essas peças praticamente sem parar. E ainda escolheu uma delas, a preferida, e levava junto pra cama na hora de dormir.
Mas voltando a cena da foto, quando vi aquele pai em plena meia noite montando uma garagem demos muitas risadas. Ficamos relembrando como tinha sido o dia, o quanto nosso filho tinha gostado de ganhar aquele brinquedo tão simples, tão singelo.
Fui dormir pensando em como somos privilegiados em estar com nosso filho tão pertinho e tão intensamente, todos os dias e não só em fins de semanas e feriados. Pensando como é boa essa convivência tão intensa, apesar de cansativa. Fiquei pensando o quanto tenho aprendido com tudo isso, acho que nunca na vida aprendi e cresci tanto como ser humano.
Refleti sobre como é maravilhoso ter a oportunidade de conviver assim tão intensamente com minha família e acompanhar bem de pertinho meu filho crescer na sua primeira infância.
E fiquei pensando muito nas nossas escolhas de vida.
Nosso filho não vai à escola. Não temos babá. Não temos família próxima. Não temos amigos íntimos próximos. Somos só nós dois. Ou melhor, nós três.
É cansativo? É.
É pauleira? É.
É gostoso? É.
É gratificante? Muito!
E o mais louco de tudo é que é assim por opção. Por escolha.
Como damos conta? Não sei! Brincadeira, acho que damos conta dentro possível e da forma que podemos. Nos organizamos bastante também pois os cuidados com tudo e todos por aqui é compartilhado. Fazemos o melhor que podemos dentro das nossas possibilidades, limitações e necessidades. Creio que nosso estilo de vida também nos levou a esse caminho. Um estilo de vida mais simples e em contato com a natureza.
Vai ser sempre assim? Provavelmente não. Pois tudo muda, o tempo todo. E as fases passam.
Só sei dizer que está sendo a fase mais linda (e louca) da minha vida.
Ah, e não temos TV…