Um pé de tomate

Quando o Joaquim tinha mais ou menos um ano de vida nasceu um pé de tomate cereja espontaneamente no jardim. Lembro que logo que os tomatinhos começaram a crescer ele ficou muito curioso vendo aquelas bolinhas verdes penduradas nos galhos. Queria arrancar elas de qualquer jeito. Explicamos que eram tomares e que estavam em fase de crescimento e precisávamos esperar mais um pouquinho até que eles amadurecessem e ficassem maduros.

Todos os dias ele ia observar os tomates. Até que chegou o dia da colheita. O grande dia. Ele era pura alegria. Os olhinhos brilhavam de felicidade.

Colhemos alguns tomates e logo em seguida começamos a degustação. Joaquim comeu quase todos. Detalhe que até então ele não gostava de comer tomate. Não comia mesmo, fazia cara feia e tudo. E a partir desse dia o tomate entrou em sua vida de uma outra maneira, e ele começou a comer e a gostar de tomate.

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Esse pé de tomate cereja rendeu bons frutos e Joaquim se divertiu e se deliciou bastante com os tomatinhos.

Um tempo depois resolvemos fazer uma horta e plantar algumas coisinhas, inclusive tomates. E eis que os tomates estão maduros e hoje depois de um ano daquela vivência fomos colher os novos tomates, esses plantados por nós e pelo Joaquim, que ajudou na construção da horta e que muito nos motivou a implementá-la. Mais uma vez quanta alegria. Quanta dedicação em colher os frutos e levar pra mesa.

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Hoje o Joaquim gosta de comer tomates, sabe de onde eles vem e tem uma outra relação com esse fruto. E tenho certeza que levará essa experiência pra vida toda. Uma coisa tão simples e ao mesmo tempo tão grandiosa.

Com essa vivência aprendi a valorizar mais algumas pequenas coisas da vida, como um simples pé de tomate que cresce espontaneamente no jardim. E percebi o quanto uma vivência tão singela como essa pode ser uma descoberta incrível na vida de uma criança, e de um adulto também!

Basta estarmos abertos e atentos a isso, a essa grandiosa escola que é a vida, que nos ensina tanto e todos os dias nos pequenos grandes momentos.

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Roberta

3 Comments

  1. Nossa Beta!!!
    Que história interessante essa… E incrível como o olhar da criança pode tb reativar o nosso olhar q muito está “viciado” num suposto saber, abrindo a possibilidade para q junto com as crianças possamos nós tb observar um mundo mais vivo e em constante movimento.
    Obrigada pela linda postagem!!!

    Beijo grande 😉

    • É verdade Lelê! As crianças nos abrem nossos caminhos e novas possibilidades de aprendizado, eles são demais!!! Anjos de luz que nos ajudam nessa jornada. Que como você falou, está sempre em movimento. Adorei sua mensagem! Contribua sempre!!! Grande beijo! Beta

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