Sim, meninos também brincam de boneca!

Sim, meninos também brincam de boneca. Na verdade meninos também gostam de brincar de boneca maaaas muitas vezes nem sabem disso pois não tem essa possibilidade.

Sim, meninos também adoram brincar de bebê, bichinho de pelúcia, boneco e boneca, panelinha, comidinha, casinha, vassourinha, pode apostar.

Mas porque será que nossa sociedade ainda direciona e segrega tanto as brincadeiras das crianças entre “brincadeira de menina” e “brincadeira de menino”?

Tipo assim, meninas brincam de casinha e bonecas e meninos brincam de carrinhos. Meninas vestem rosa e meninos vestem azul. Meninas devem ser comportadas, meninos devem ser sapecas.

Já percebeu o quão isso é pesado?? O quão retrógrado é tudo isso?

Tantas regras e padrões pré-concebidos em cima de uma criança?!

Esse novo mundo em que estamos vivendo hoje, de ampliação de consciência e de conviver com esses novos seres de luz que são os nossos filhos, não comporta mais essas generalizações e essas padronizações antigas.

As próprias crianças já não aceitam e não se encaixam mais nessa mentalidade tão estreita e limitada.

Pois bem, estamos em um momento muito bonito e transformador da humanidade onde o nível de consciência está se expandindo e com isso ampliando os horizontes diante da criação e da educação das crianças.

O resgate do sagrado feminino também está vindo com bastante força, nós como mulheres estamos em um momento latente de cura do nosso feminino, e isso tudo é muito lindo e importante para a transformação do mundo como um todo.

O equilíbrio entre o feminino e o masculino que existe dentro de cada um de nós.

Porém o sagrado masculino também precisa ser curado. Precisa ser olhado.

Vamos ajudar nossos filhos meninos nessa jornada?

É muito importante para o menino se conectar com o seu lado feminino (que todos nós temos) que é aquele lado mais acolhedor, afetuoso, empático, flexível, amável. É algo importante pra vida.

Aquele menino que um dia poderá se tornar um pai (ou mesmo se não vir a ser) e que saberá cuidar de outro ser. Pois já terá feito isso naturalmente na sua infância em suas brincadeiras de criança. Sem repressão, sem piadinhas, sem preconceitos.

Mas sim com amor, com o amor puro de uma criança que está brincando. Simplesmente brincando e sendo ela mesma. Fazendo o que ela mais gosta e deve fazer que é brincar livremente.

Sem contar com a questão emocional daquele antigo padrão de que “meninos não choram”. Aquele menino que consegue expressar seus sentimentos de forma saudável, espontânea e natural na infância quando adulto certamente conseguirá lidar de maneira mais tranquila com as suas próprias emoções (e com as emoções dos outros).

Hoje vemos o quão difícil é para muitos homens lidar com a paternidade e compartilhar das tarefas da casa e da criação dos filhos. Muitos simplesmente não conseguem. Não sabem como lidar com tudo isso. Sofrem internamente.

Quantos homens demoram a entrar em conexão com seus filhos, a cuidar e acolher seus próprios filhos porque muitas vezes realmente nem sabem como fazer. Ou nunca puderam exercer esse lado do cuidar, do acolher, do se expressar, pois era “feio”, não era “coisa de homem”.

 

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Claro que podemos rever nossos padrões e comportamentos quando adultos, mas é tão mais fácil já vivenciar isso na infância de forma amorosa e espontânea. Facilita a vida (de todos).

Quantas mulheres mães sofrem pois não tem um companheiro que “pega junto” em casa e com os filhos. Mulheres que tem que fazer tudo sozinhas pois não podem contar com aquele que também é responsável por tudo isso. Os filhos também sentem pois a paternidade ativa é uma necessidade da criança também.

Esse assunto é sério.

Estamos numa revolução silenciosa construída dia a dia dentro de nossas casas, nas escolas, nas pracinhas. E cabe a nós pais, mães e cuidadores estarmos mais atentos sobre como lidamos com tudo isso.

Está tão enraizado essa programação de gêneros dentro da nossa cultura que muitas vezes nós mesmo nos dias de hoje com tanta informação ainda nos pegamos com crenças tão rígidas em relação a esse tema.

Por isso vamos nos questionar, nos perguntar…

Como me sinto quando meu filho menino brinca com uma boneca?

Como me sinto quando meu filho brinca de panelinhas?

Precisamos nos perguntar pois tudo vem de dentro pra fora. As vezes nem sabemos que temos tantas crenças internas que nos impedem de ir além, de expandir nossos horizontes.

 

Arquivo pessoal: Joaquim brincando com seu "bebê"

Arquivo pessoal: Joaquim brincando com seu “bebê”

 

Compartilho aqui a foto do meu filho menino brincado com seu “bebê” como ele chama. Ele sempre teve boneca. Ele adora. Dá banho, coloca pra dormir, dá beijos, colo, faz carinho, leva pra passear. Assim como ele também adora brincar de carrinhos, jogar bola, cozinhar, andar de bicicleta, etc.

Hoje em dia ele está numa fase “todo cuidados” com seu bebê, assim como já teve várias outras fases com outros brinquedos e brincadeiras. O interessante é que o “bebê” sempre esteve ali ao seu alcance junto dos outros brinquedos, como um brinquedo de criança. Sem distinções. O bebê sempre fez parte do seu universo, assim como os bichinhos de pelúcia, carrinhos, panelinhas, blocos de montar, livros.

Os espaços preparados propiciam essa oportunidade da criança poder escolher e interagir com o que ela precisa e sente naquele momento, naquela fase da sua vida. Se reconhecer como ser que é e ter a autonomia de criar suas próprias brincadeiras livremente.

Com os espaços preparados a criança se sente livre, autônoma e segura para ser quem ela é, para viver suas fases em plena potência. Viver a sua potência.

Sim, meninos brincam com boneca. É algo natural, é humano, é saudável.

Vamos quebrar esses velhos paradigmas?

Se você tem um filho menino e ele ainda não tem uma boneca, por favor ofereça a ele essa preciosa oportunidade de brincadeira. Faça isso por ele. Faça isso pelo bem no planeta.

Amplie seus horizontes. Pois tudo isso é muito mais uma questão de mentalidade. De transcender padrões rígidos que nos foram passados e que já não cabem mais.

Vamos nos permitir e permitir nossos filhos. Por um mundo melhor!

Se esse assunto mexeu com você de alguma forma comente aqui a sua opinião e experiência pessoal. E se você quiser ajudar a expandir essa mensagem com o mundo, compartilhe!

 


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Roberta

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