Dia dos Pais e Paternidade Ativa

Sim, eu acredito na paternidade ativa.

Sim, eu vivencio uma paternidade ativa.

Sim, eu aprendo com a paternidade ativa.

Sim, eu preciso que meu companheiro exerça uma paternidade ativa.

Sim, eu acredito que todo pai deveria praticar uma paternidade ativa.

Estou aqui hoje dando a minha opinião de mulher e mãe, e relatando minha experiência pessoal. E já adianto que não estou julgando ou criticando a escolha de ninguém.

Apenas quero dizer que sim, isso é possível. É possível o pai praticar uma paternidade ativa, onde a função dele fica muito além de só ajudar. O pai ativo vivencia junto na prática do dia após dia o que acontece na vida do filho, pega junto de verdade. Onde pai e mãe são responsáveis pelo novo ser.

E não importa se o pai trabalha fora ou se trabalha em casa, pois a maioria das mulheres também trabalha fora e em período integral e quando chegam em casa são ativas na sua vida materna e nas atividades da casa também. Mesmo aquela que trabalha em casa, seja profissionalmente ou com as tarefas da casa e dos filhos, todos estão trabalhando. Simples assim. Esse papo de que a mãe que fica em casa com os filhos “não faz nada” ou “só fica com os filhos” ou “quando você vai voltar a trabalhar”, é coisa do passado.

A paternidade ativa assim como a parentalidade consciente requer entrega, empatia, muita disposição e aceitação de si e do outro. Um olhar pra dentro de si mesmo que possibilita a desconstrução e a reconstrução de crenças e comportamentos em busca de uma vida mais saudável, em todos os sentidos. Uma grande oportunidade de amadurecimento e autoconhecimento.

Na nossa experiência pessoal como pai e mãe tivemos a liberdade de escolha de vivenciar uma “licença paternidade” mais prolongada já que somos autônomos, e escolhemos ficar mais com o filhote recém nascido do que priorizar o trabalho e ganhar mais dinheiro. Uma escolha e opção nossa é claro. Se bem que nunca tivemos um estilo de vida muito convencional e acho que por isso mesmo não foi nada difícil fazer essa escolha.

Arquivo pessoal: éramos dois, agora somos três, registro da nova família em construção.

Não, também não foi fácil, mas foi transformador!

Pude presenciar um homem que mudou seu horário de trabalho diurno pras madrugadas, para que eu conseguisse dormir melhor enquanto ele ficava atento ao bebê. Isso me ajudou muito nos primeiros meses a conseguir descansar e amamentar meu filho com mais disposição. Nos ajudou a conseguir estabelecer a amamentação e superar as dificuldades iniciais.

Laura Gutman que me desculpe mas aqui em casa quem deu banho e trocou fraldas nos primeiros meses foi o pai. Lembro que fui lavar uma louça e preparar uma comida depois de uns três meses, pois quem fazia isso era ele. E confesso, acho isso tão normal e praticável!

E não tenho vergonha nenhuma em dizer que foi ele quem me ensinou a trocar fralda, a dar banho de balde e chuveiro e a cortas as unhas do nosso filho. Afinal, porque tem que ser a mulher a saber dessas coisas e ela a ensinar ao pai a fazer isso? A mãe já está tão cansada e imersa no turbilhão que é o pós parto e puerpério que esse tipo de apoio é mais que bem vindo.

Foi o pai também o primeiro a conseguir usar o sling!

Arquivo pessoal: nosso primeiro passeio de sling em família!

No fundo, devo confessar que eu adoro muito tudo isso. Sinceramente, sempre soube que combino com um companheiro que exerça a paternidade ativa. Além de ser fã e super a favor.

Atualmente dividimos nossos turnos de trabalho, enquanto um fica com o filhote o outro trabalha e assim sucessivamente. E tem dado certo! Por enquanto todos estão felizes e tem funcionado.

E posso dizer por experiência própria, o vínculo criado entre pai e filho quando existe essa paternidade ativa é incrível! Algo mágico.

Fico pensando também no lado do homem que como pai quer praticar uma paternidade ativa mas ainda se sente inseguro ou pressionado pelos padrões machistas que a nossa sociedade impõe. Não deve ser fácil. Mas relaxe querido, pois a paternidade ativa está aí!

E saiba que nós como mulheres também sofremos por praticar algumas escolhas de maternidade ou por fazer diferente do senso comum, então fique tranqüilo pois você não está sozinho. Além do que hoje em dia muitos pais já estão nessa onda libertadora, transformadora e empoderadora que é a paternidade ativa e a parentalidade consciente.

E tenho uma coisa a dizer, a maioria das mulheres que conheço se apaixona ainda mais pelo companheiro quando conhece esse lado mais sutil e delicado do homem. Fica a dica! 😉

Agradeço hoje no dia dos pais por ter esse companheiro de jornada ao meu lado. Pois sei que essa parceria toda foi e é fundamental pras minhas próprias escolhas como mulher, como mãe, pro meu empoderamento feminino e materno e pra me fortalecer e encorajar a seguir em frente com as transformações que surgiram na minha vida profissional com toda essa experiência alucinante.

Salve salve a paternidade ativa!

Arquivo pessoal: pai e filho lado a lado, construindo uma relação de parceria e aprendizado constante